quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Os Movimentos Nacionais

A Reforma Protestante começou na Alemanha quando Lutero publicou as "95 Teses", transformando a teoria e a prática das indulgências.


Calvino
Calvino

A Alemanha e a Reforma Luterana

Lutero partilhava a necessidade de uma religião interior, baseada na comunhão da alma, humilde e receptiva, com Deus. Com uma interpretação muito pessoal, Lutero defendeu que o homem, apenas pelas suas obras, é incapaz de se santificar e que é pelo ato de crer, ou seja pela Fé, que se chega à santificação. Só a Fé torna o homem justo, não sendo as boas obras suficientes para apagar os pecados e garantir a salvação.

A excomunhão pelo papa de Martinho Lutero quebrou a unidade da Igreja ocidental e iniciou um período de guerras que opuseram o Imperador Carlos V e alguns príncipes da Alemanha. A condenação de Lutero na Dieta de Worms e o seu desterro dividiu a Alemanha numa fronteira econômica e religiosa. De um lado, aqueles que desejavam preservar a ordem tradicional, incluindo o imperador e o alto clero, suportados pela Igreja Católica Romana. Do outro, os apoiantes do Luteranismo - os príncipes do Norte da Alemanha, o baixo clero, os grupos burgueses e largas camadas de camponeses - que acolheram a mudança como uma oportunidade para aumentarem a sua autoridade nas esferas religiosa e econômica, apropriando-se dos bens da Igreja.

Os intermitentes períodos de guerra civil religiosa terminaram com a Paz de Augsburgo. Este tratado decidiu que cada um governadores dos Estados alemães, que formavam cerca de 300 estados, optaria entre o Catolicismo Romano e o Luteranismo e subordinou a opção religiosa à autoridade do príncipe. O Luteranismo, perfilhado por metade da população alemã, receberia finalmente o reconhecimento oficial, mas a antiga unidade religiosa da comunidade cristã da Europa ocidental sob a suprema autoridade pontifícia foi destruída.

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