quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O que é o Tribunal de Cristo?


Pergunta: "O que é o Tribunal de Cristo?"

Resposta: Romanos 14:10-12 diz: “Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo... De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” II Coríntios 5:10 nos diz: “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” No contexto das duas Escrituras, é claro que se referem aos cristãos, não aos não-crentes. O Tribunal de Cristo, desta forma, envolve crentes dando contas de suas vidas a Cristo. O Tribunal de Cristo não determina salvação; esta foi determinada pelo sacrifício de Cristo em nosso lugar (I João 2:2), e nossa fé Nele (João 3:16). Todos os nossos pecados são perdoados e nunca seremos condenados por eles (Romanos 8:1). Não devemos olhar para o Tribunal de Cristo como Deus julgando nossos pecados, mas sim como Deus nos galardoando por nossas vidas. Sim, como dizem as Escrituras, teremos que dar conta de nossas vidas. Parte disto é, certamente, dar conta pelos pecados que cometemos. Entretanto, este não será o foco principal do Tribunal de Cristo.

No Tribunal de Cristo, crentes são recompensados tomando-se por base o quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As coisas pelas quais seremos julgados serão provavelmente o quão fielmente obedecemos à Grande Comissão (Mateus 28:18-20), o quão vitoriosos fomos sobre o pecado (Romanos 6:1-4), o quão bem controlamos nossa língua (Tiago 3:1-9), etc. A Bíblia fala dos crentes recebendo coroas por diferentes coisas com base em quão fielmente serviram a Cristo (I Coríntios 9:4-27; II Timóteo 2:5). As várias coroas são descritas em II Timóteo 2:5; II Timóteo 2:4-8; Tiago 1:12; I Pedro 5:4 e Apocalipse 2:10. Tiago 1:12 é um bom resumo de como devemos pensar no Tribunal de Cristo: “Bem-aventurado o homem que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.”
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O TRIBUNAL DE CRISTO

TEXTO: Mt. 25:14-30

INTRODUÇÃO: Minha verdadeira motivação ao falar sobre o Tribunal de Cristo, é porque acredito que esta mensagem está no coração de Deus para o Corpo, que é a igreja.Meu objetivo neste momento que antecede a vinda de Cristo, é que esta mensagem venha fortalecê-lo, prepará-lo e que sua vida seja marcada para sempre e resulte em: um coração arrependido, um novo nível de consagração, um reavivamento no seu espírito e uma frutificação abundante.

O Juízo Final: O juízo final é um assunto importante, pois as pessoas que estiverem diante do “Grande Trono Branco” serão lançadas no lago de fogo que arde como enxofre.”Ap.20:14-15. Neste tribunal o Senhor dirá para aqueles que ali estiverem: Nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam iniqüidade. Para essas pessoas, o juízo será um dia de vergonha. Seus pecados serão revelados, mas não como pecados perdoados.O Crente está justificado e não será condenado.Essa é uma verdade, mas não uma verdade completa.

O Tribunal de Cristo: O tribunal de Cristo é a palavra grega “bema” que se refere a uma plataforma elevada de arbitragem e recompensa. É um local onde a vida e as obras do crente são examinadas.Quando os crentes estiverem diante do Tribunal de Cristo em sua vinda, eles serão julgados de acordo com suas obras; de acordo com o seu caráter e a sua frutificação.O Tribunal de Cristo determina a recompensa ou a perda da recompensa, e não a salvação, pois quem estiver diante do tribunal no mínimo receberá a salvação.

6 VERDADES SOBRE O TRIBUNAL DE CRISTO (II Co 5:10-11)

1- O DEUS DE AMOR SERÁ TAMBÉM O JUSTO JUIZ (2TM.4:7-8/ AP 1:9-17) - Hoje estamos acostumados com o Deus de amor, de Graça, Compaixão e Misericórdia, mas no Dia do tribunal de Cristo, o Senhor se apresentará como um justo juiz, não é de se surpreender que a reação do Apóstolo João a esta visão foi cair como morto, pois Jesus Cristo não é só o Senhor que nos redime, mas também é o Senhor que nos examina e julga.

2- TODOS PRESTARÃO CONTAS DE SI MESMO (RM.14:10,12) - O tribunal de Cristo é o terror do cristianismo. Os cristãos que usam seu tempo, dinheiro e talentos para si próprios, em vez de investir no reino de Deus, deveriam temer esse dia.

3- TODOS SERÃO EXPOSTOS E MOTIVOS SERÃO REVELADOS (HB 4:13/ I CO 3:12-15) - Aquelas obras da carne, da alma, e feitas por motivos errados serão todas queimadas pelo fogo abrasador do Senhor. No Tribunal de Cristo nada ficará oculto.O cristão que edificou corretamente, passará no teste e receberá a sua recompensa, mas o dano virá sobre aqueles que foram infiéis no serviço. Aplicação: A maior parte das vezes eu não peco porque eu amo a Deus, essa é a maneira mais nobre de não pecar, mas as vezes sou menos nobre e não peco por causa de minha família, ou por causa da igreja, mas as vezes chego em um nível tão baixo que só não peco por causa do Tribunal de Cristo.

4- OS APROVADOS SERÃO RECOMPENSADOS COM HONRA, COROA E AUTORIDADE - O que fizermos aqui vai determinar como será na eternidade. Normalmente, quando o Novo Testamento fala sobre receber uma, trata-se de uma Coroa. Ap 3:11 - Três tipos de coroas específicas - A Coroa dos Ganhadores de Almas 1Ts.2:19-20: No Novo Testamento claramente se concentra na frutificação, ou seja, na conquista de almas. A Coroa dos que Pastoreiam 1Pe.5:1-4: Essa é uma recompensa para aqueles que fielmente servem a Deus cuidando das suas ovelhas.A coroa da justiça 2Tm.4:7

5- OS REPROVADOS SOFRERÃO AS PERDAS, AS PUNIÇÕES E O RANGER DE DENTES (MT 25:30/ I CO 3:12-15/MT 5:23-25): Da mesma forma, o Tribunal de Cristo onde há recompensas, perdas são reveladas.

6- PREPARANDO-SE PARA O TRIBUNAL DE CRISTO (AM.4:12)
Despreparado para o tribunal-A verdade é que existe uma data estabelecida para o julgamento, mas não é esperada nem planejada pela maioria dos cristãos. Uma grande parte dos cristãos vive despreocupadamente e se não mudarem, não perderão somente a recompensa, mas sofrerão muitos danos que resultarão até mesmo em ranger de dentes.
Vida: nossa tremenda oportunidade- A vida do crente no corpo é uma tremenda oportunidade através do seu louvor e sua frutificação. É também o único espaço para o crente estabelecer a forma com a qual ele passará a eternidade.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Até que ponto vai a supervisão dos pastores?





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No Novo Testamento, homens com qualificações especiais reveladas pelo Senhor (veja 1 Timóteo 3:1-7; Tito 1:5-9) foram selecionados para supervisionar e cuidar dos seus irmãos. Estes homens foram chamados presbíteros ou bispos, e sua função era pastorear o rebanho de Deus (Atos 20:17,28; 1 Pedro 5:1-3). Pelo seu exemplo e ensinamento, eles eram encarregados da responsabilidade de guiar o rebanho no serviço do Senhor (Hebreus 13:7,17).

Tais homens eram selecionados nas igrejas locais (Atos 14:23; Filipenses 1:1). Observe que nunca lemos no Novo Testamento sobre um só homem pastoreando uma igreja; havia sempre mais de um (Atos 20:17; Filipenses 1:1). O propósito de Deus não era dar alguma posição de poder a algum homem, mas colocar bons homens na posição de olhar por seus irmãos.

Esses homens tinham que supervisionar o rebanho onde estavam (1 Pedro 5:2). Não há a mais leve sugestão de bispos nas igrejas primitivas tentando supervisionar ou comandar o trabalho de outras igrejas. Tais termos como igrejas matrizes, igrejas filiais, igrejas patroci-nadoras e igrejas de missões são invenções humanas sem qualquer base bíblica. Quando pastores de uma igreja procuram supervisionar seus irmãos de outras congregações, eles estão indo além das instruções do Senhor. Ninguém, especial-mente aqueles que guiam o povo de Deus, deve exceder o que Deus determinou (1 Coríntios 4:6; Colossenses 3:17).

Isto não significa que um bispo de uma igreja local não possa ensinar irmãos em outros lugares. Pedro serviu como presbítero no tempo em que ele escreveu sua primeira carta (1 Pedro 5:1). Presbíteros, como qualquer outro cristão, podem ensinar qual-quer um, em qualquer lugar, a qualquer tempo. Mas os bispos não têm direito de pastorear mais do que o rebanho local no qual servem.

Hoje em dia, os sistemas de organização em muitas denominações são invenções humanas não autorizadas por Deus. Deus não ordenou hierarquias poderosas, direção centralizada ou bispos regionais. Ele autorizou grupos de homens qualificados a pastorear as congregações locais. Que possamos ter confiança no Senhor e seguir seu plano.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A Crise Religiosa: A Reforma Protestante

A Crise Religiosa: A Reforma Protestante


A Crise Religiosa: A Reforma Protestante
Até ao século XVI, a Igreja Católica dominava por completo a sociedade europeia. Muitos membros do alto clero viviam no luxo e na opulência em contraste com o ideal de pobreza pregado por algumas ordens religiosas. A corrupção e a imoralidade eram frequentes entre os clérigos . Alguns humanista cristãos, como Erasmo de Roterdão, apelaram para uma profunda reforma da Igreja, que moralizasse a vida eclesiástica e reconduzisse o Cristianismo à sua pureza original. No entanto, os papas não se mostravam dispostos a aceitar as críticas.A rebelião de Martinho Lutero Em 1513, o papa Leão X enviou pregadores a muitos lugares, pedindo aos fiéis que contribuíssem com o dinheiro para as obras da Basílica de S. Pedro. Em troca dessa esmola, o Papa concedia-lhe uma bula de indulgências, isto é, um documento em que declarava o perdão das almas do purgatório em favor de quem fosse dada a esmola.Em 1517, Martinho Lutero, um monge alemão, tomou uma posição pública contra a doutrina em que se baseavam as indulgências, numa proclamação conhecida como as Noventa e Cinco Teses. Acabaria por ser excomungado pelo Papa e só a protecção de alguns príncipes alemães impediu que fosse condenado à morte na fogueira.O reformismo protestante Mais tarde, Lutero estendeu as suas críticas à doutrina da Igreja Católica. Esta ensinava que o Homem só poderia alcançar a salvação eterna através da prática de boas obras e da mediação do clero. Para Lutero, no entanto, o fundamental era a fé .O homem salvava-se se tivesse fé, isto é, se acreditasse em Cristo e na sua palavra. Para isso, Lutero traduziu a Bíblia para alemão, de forma que cada crente a pudesse ler e interpretar livremente, sem precisar de ter o clero como intermediário.O culto devia limitar-se à leitura da Bíblia e ao cântico de hinos. Lutero reduziu os sacramentos, mantendo apenas o baptismo e a comunhão e aboliu o culto dos santos e da Virgem Maria. Defendeu a extinção das ordens monásticas, do celibato eclesiástico e estabeleceu que a igreja não deveria possuir propriedades. Isto levou muitos príncipes alemães a apoiar o luteranismo, seduzidos pela possibilidade de se apropriarem dos bens da Igreja Católica.As ideias reformistas de Martinho Lutero deram início à Reforma Protestante.

Os Movimentos Nacionais

A Reforma Protestante começou na Alemanha quando Lutero publicou as "95 Teses", transformando a teoria e a prática das indulgências.


Calvino
Calvino

A Alemanha e a Reforma Luterana

Lutero partilhava a necessidade de uma religião interior, baseada na comunhão da alma, humilde e receptiva, com Deus. Com uma interpretação muito pessoal, Lutero defendeu que o homem, apenas pelas suas obras, é incapaz de se santificar e que é pelo ato de crer, ou seja pela Fé, que se chega à santificação. Só a Fé torna o homem justo, não sendo as boas obras suficientes para apagar os pecados e garantir a salvação.

A excomunhão pelo papa de Martinho Lutero quebrou a unidade da Igreja ocidental e iniciou um período de guerras que opuseram o Imperador Carlos V e alguns príncipes da Alemanha. A condenação de Lutero na Dieta de Worms e o seu desterro dividiu a Alemanha numa fronteira econômica e religiosa. De um lado, aqueles que desejavam preservar a ordem tradicional, incluindo o imperador e o alto clero, suportados pela Igreja Católica Romana. Do outro, os apoiantes do Luteranismo - os príncipes do Norte da Alemanha, o baixo clero, os grupos burgueses e largas camadas de camponeses - que acolheram a mudança como uma oportunidade para aumentarem a sua autoridade nas esferas religiosa e econômica, apropriando-se dos bens da Igreja.

Os intermitentes períodos de guerra civil religiosa terminaram com a Paz de Augsburgo. Este tratado decidiu que cada um governadores dos Estados alemães, que formavam cerca de 300 estados, optaria entre o Catolicismo Romano e o Luteranismo e subordinou a opção religiosa à autoridade do príncipe. O Luteranismo, perfilhado por metade da população alemã, receberia finalmente o reconhecimento oficial, mas a antiga unidade religiosa da comunidade cristã da Europa ocidental sob a suprema autoridade pontifícia foi destruída.

terça-feira, 22 de setembro de 2009